janeiro 26, 2014

RELATÓRIO


Como elaborar um relatório

O que é um relatório?

 
Um relatório de uma atividade prática é uma exposição escrita de um determinado trabalho ou experiência laboratorial. Não é apenas uma descrição do modo de proceder (técnicas, reagentes, material, etc.), pois este conjunto de informações constitui o protocolo. Um relatório é o conjunto da descrição da realização experimental, dos resultados nele obtidos, assim como das ideias associadas, de modo a constituir uma compilação completa e coerente de tudo o que diga respeito a esse trabalho. De alguma forma, elaborar um relatório deve ser visto pelo aluno como uma etapa importante na sua formação acadêmica, para que mais tarde, como profissional, possa ter adquirido e desenvolvido a praxis e o raciocínio crítico necessário à elaboração de um artigo científico.
 
 Como escrever?

O relatório como instrumento de trabalho deverá utilizar uma linguagem simples, clara, objetiva e precisa. A clareza do raciocínio, característica do método científico, deverá transparecer na forma como o relatório é escrito.

Um relatório deverá ser conciso e coerente, incluindo a informação indispensável à compreensão do trabalho. A forma pela qual alguma informação pode ser apresentada (tabelas, gráficos, ilustrações), pode contribuir consideravelmente para reduzir a extensão de um relatório.

As frases utilizadas devem ser completas, para que, através da sua leitura seja possível seguir um raciocínio lógico. Em ciência, todas as afirmações devem ser baseadas em provas factuais e não em opiniões não fundamentadas. Fatos especulativos não podem tomar o lugar de outros já demonstrados. De igual modo, o aluno (futuro investigador e/ou professor) deve evitar o excesso de conclusões, sendo estas precisas e sintéticas. As conclusões devem, igualmente, ser coerentes com a discussão dos resultados.

 Estrutura dum relatório

A divisão metodológica de um relatório em várias secções ajuda à sua organização e escrita por parte dos autores e, de igual modo, permite ao leitor encontrar mais facilmente a informação que procura.

Título, autor(es) e data

Identificação do trabalho (título). Identificação dos autores. Data em que o relatório foi realizado. Disciplina a que diz respeito.

 Objetivos

Deverá incluir sumariamente qual ou quais os objetivos do trabalho a realizar.

Introdução

Nesta parte do relatório deve ser introduzido o trabalho experimental a realizar, bem como as noções teóricas que servem de base ao mesmo. A introdução deve conter a informação essencial à compreensão do trabalho.

 Material e Métodos

Deve ser sintético, mas preciso, contendo, no entanto, informação suficiente de modo que, no caso da experiência vir a ser repetida por outrem, possam ser obtidos resultados idênticos. Normalmente considerado como um ponto secundário do trabalho, esta parte do relatório é, no entanto, essencial para a compreensão da experiência a realizar.

Resultados

Descrição do que se observa na experiência. Inclui o registro e tratamento dos dados, bem como os esquemas e ou as figuras das observações efetuadas. Os esquemas são feitos a lápis e legendados. No caso de observações microscópicas deve ser incluída junto do esquema a ampliação.

Discussão

Interpretação dos resultados. A discussão deve comparar os resultados obtidos face ao objetivo pretendido. Não se devem tirar hipóteses especulativas que não possam ser fundamentadas nos resultados obtidos. A discussão constitui uma das partes mais importantes do relatório, uma vez que é nela (e não na introdução) que os autores evidenciam todos os conhecimentos adquiridos, através da profundidade com que discutem os resultados obtidos.

Conclusões

Esta parte do relatório deve sumarizar as principais conclusões obtidas no decurso do trabalho realizado.

Referências bibliográficas

A bibliografia deve figurar no fim do relatório. Nela devem ser apresentadas todas as referências mencionadas no texto, que podem ser livros (ou capítulos de livros), artigos científicos, CD-ROMs e websites consultados.

Adaptado de: Jones, A., Reed, R. and Weyers, J., 1998 – “Pratical Skills in Biology”. 2nd edition. Longman Scientific & Technical (ed), New York.

PRODUÇÃO TEXTUAL

Qualidade do texto
Segundo Clarice LispectorEscrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada”.
Deve-se, também, considerar como fator determinante da forma e do conteúdo do texto o leitor, porque é para estabelecer comunicação com o outro que se escreve. É importante, pois, encontrar a melhor forma de expressão. O texto produzido deve ter qualidade, tais como coerência, coesão, clareza e concisão.   

Coerência
O texto deve apresentar uma ligação lógica entre as palavras, orações, períodos, parágrafos: todas as suas partes devem articular-se para formar uma unidade onde tudo gira em torno de uma ideia principal. Num texto coerente não pode haver nada contraditório, nada ilógico, nada desconexo.
Clareza
O texto deve também ser claro, para que o pensamento expresso possa ser captado sem problema pelo leitor. Como já foi dito, um texto deve comunicar mensagem. E de que forma conseguir essa comunicação, se não existir clareza na expressão do pensamento?
Concisão
É a qualidade que o texto apresenta quando comunica o essencial, sem se perder em palavras supérfluas, adjetivação excessiva e períodos extensos.

Coesão
Como vimos, um dos aspectos que devemos ter em mente, quando escrevemos, é a unidade do texto. Para que isso ocorra, é necessário que as diversas partes que o compõem estejam interligadas.

Quando há essa articulação entre vários enunciados presentes no texto, dizemos que há coesão entre eles.

Para conseguir fazer corresponder o que você escreve ao que pretendia dizer, deve usar conectivos (preposições, conjunções, pronomes, advérbios) adequados às relações de sentido que pretende estabelecer entre termos de uma oração, as orações de um período composto ou os parágrafos de um texto. Se não se preocupar com a adequação de sua escolha, produzirá passagens incompreensíveis.

Veja alguns conectivos que poderá usar para relacionar parágrafos se quiser estabelecer relações de:

ü  Prioridade: em primeiro lugar, antes de tudo;

ü  Tempo: então, a princípio, em seguida, às vezes;

ü  Semelhança: igualmente, da mesma forma, de acordo com;

ü  Adição: além disso, por outro lado;

ü  Esclarecimento: por exemplo, em outras palavras.

REDAÇÃO CIENTÍFICA

Algumas qualidades de um bom texto 
A redação de trabalhos acadêmicos e de artigos para periódicos científicos se reveste de algumas características que devem ser obedecidas pelo autor para que a transmissão da informação e a sua compreensão por parte do leitor sejam eficazes. Alguns dos princípios básicos desta interação que deve existir entre autor e leitor são os seguintes, sem qualquer ordem de prioridade:
1-
Clareza de expressão
Tudo que tiver sido escrito deve ser perfeitamente compreensível pelo leitor. Este não deve ter nenhuma dificuldade para entender o texto.
As
sentenças estão bem construídas? As ideias estão bem encadeadas? Há uma sequência adequada na apresentação dos seus resultados e de sua argumentação?
Leia cuidadosamente o
que escreveu como se você fosse o seu leitor. Será que ele estará recebendo a mensagem que quer transmitir? Se vocêtropeçar” na leitura, pior será com seu leitor.
2-
Objetividade na apresentação
Convém escolher criteriosamente o material que será utilizado no texto de uma dissertação, tese ou artigo. Nem tudo que foi observado durante a execução do trabalho ou que foi lido na literatura deverá ser necessariamente relatado ao leitor. Muitas observações talvez tenham sido importantes em uma determinada fase do projeto, mas perderam sua importância. Terminado o trabalho, alguns tópicos talvez acabaram se revelando apenas como tentativas de análises ou de experimentos, mas que terminaram em becos sem saída. Há observações e argumentos que não contribuem com a idéia central do relato e desviam a atenção do leitor para pontos menos importantes.
Selecione a
informação que você dispõe e apresente o que for relevante. O leitor quer um relato lógico, objetivo e, se possível, retilíneo tanto das observações como do raciocínio feitos pelo autor. Isto é ainda mais importante em um artigo, em que a concisão é geralmente desejada pelo periódico e pelo leitor.
3-
Precisão na linguagem
A linguagem científica deve ser precisa.
As
palavras (e, se for o caso, seus acompanhantes figuras, gráficos, tabelas) são signos, são símbolos. Por isso elas necessitam ser decodificadas pelo leitor, à medida que este percorre o texto. Será que os signos são facilmente decodificáveis? Muitos signos têm várias possibilidades de decodificação (muitas palavras têm vários significados). Cuidado com termos vagos ou que podem ser mal interpretados. Para o leitor, nada deve ficar obscuro ou subentendido.
As
palavras e figuras que entrarão no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o que o você tem em mente. Os vários sinônimos de uma palavra têm diferenças pequenas e sutis entre si. Você está usando sempre aquele que melhor transmite seu pensamento? Vale a pena pensar em cada uma das palavras a serem usadas no seu texto assim como no conjunto lógico que elas devem irão constituir
4-
Utilização correta das regras da língua Não é necessário perder muito tempo e espaço com esta recomendação. Escrever erradamente pode resultar de ignorância ou de desleixo. Se for por ignorância, informe-se melhor, consulte dicionários e textos de gramática. Se for por desleixo, o leitor (e membro da Banca Examinadora) terá todo direito de pensar que o trabalho em si também foi feito com desleixo.
Seja
qual for a razão, é um desrespeito ao leitor.
Ao redigir, coloque-se sempre na posição do leitor.

janeiro 25, 2014

Fundação Escola Técnica Liberato


Veja AQUI Manual de Orientação para Projetos de Pesquisa.

PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA

Diferença entre pesquisa qualitativa e quantitativa.

  • Uma vez definido o tema da pesquisa, deve-se escolher entre realizar uma pesquisa qualitativa ou uma quantitativa. Uma não substitui a outra: elas se complementam.
  • As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório: estimulam os entrevistados a pensar e falar livremente sobre algum tema,objeto ou conceito. Elas fazem emergir aspectos subjetivos, atingem motivações não explícitas, ou mesmo não conscientes,de forma espontânea.
  • As pesquisas quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos padronizados (questionários). São utilizados quando se sabe exatamente o que deve ser perguntado para atingir os objetivos da pesquisa. Permitem que se realizem projções para a população representada. Elas testam, de forma precisa, as hipóteses levantadas para a pesquisa e fornecem índices que podem ser comparados com outros.
Amostra:

  • Qualitativa - não há preocupação em projetar resultados para a população. O número de entrevistados geralmente é pequeno.
  • Quantitativa - exige um número maior de entrevistados para garantir maior precisão nos resultados, que serão projetados para a população representada.
Questionário:

  • Qualitativa - normalmente as informações são coletadas por meio de um roteiro. As opininiões dos participantes são gravadas e posteriormente analisadas,
  • Quantitativas - as informações são colhidas por meio de um questionario estruturado com perguntas claras e objetivas. Isto garante a uniformidade de entendimento dos entrevistados.
Entrevista:

  • Qualitativa - são realizadas por meio de entrevistas em profundidade ou de discussões em grupo. Para as discussões em grupo, as pessoas( em média 8 ) são convidadas para um bate- papo realizado em salas especiais com circuito de gravação em áudio e vídeo. Nas entrevistas em profundidade, é feito o pré-agendamento do entrevistado e a sua aplicação é individual, em local reservado. Este procedimento garante a concentração do respondente.
  • Quantitativa - o entrevistador identifica as pessoas a serem entrevistads por meio de critérios previamente definidos: por sexo, por idade, por ramo de atividade, por localização geográfica etc. As entrevistas não exigem um local previamente ou em pontos de fluxo de pessoas. O importante é que sejam aplicadas individualmente e sigam as regras de seleção da amostra.
Relatório:

  • Qualitativa - as informações colhidas na abordagem qualitativa são analizadas de acordo com o roteiro aplicado e registradas em relatório, destacando opiniões, comentario e frases mais relevantes que surgiram.
  • Quantitativa - o relatório da pesquisa quantitativa, além das interpretações e conclusões, deve mostar tabelas de percentuais e gráficos.
De maneira sucinta, em pesquisas qualitativas o importante é o que se fala sobre um tema, enquanto que em pesquisas quantitativas o importante é quantas vezes é falado .

Referências


Como fazer pesquisa de opinião na escola http://www.ipm.org.br/ne_man_conh php?opm=3&ctd=3

dezembro 14, 2013

Elaboração de Projetos

Contextualização do tema:

Neste primeiro eixo do curso Elaboração de Projetos vamos estudar o conceito de projeto, fazendo um resgate histórico para conhecer suas características metodológicas e suas implicações nos processos de ensino e aprendizagem, principalmente quando se integra o uso das tecnologias e mídias. Mas, o que é projeto? É uma construção própria do ser humano que busca uma nova situação para satisfazer seus sonhos, seus ideais ou mesmo para responder às suas indagações no sentido de melhor compreendê-las. Desenvolver projetos envolve antever ações necessárias para transformar uma problemática em uma situação desejada.
“....entende-se por projeto um modo de agir do ser humano que define quem ele pretende ser e como se lançar em busca de metas” (MACHADO, 2000).

 Conceito de Projeto
A ideia de projeto é própria da atividade humana e de sua forma de pensar em algo que deseja tornar real. Projeto significa lançar para diante ( e traz ) a ideia de pensar uma realidade que ainda não aconteceu. Isto implica antecipação de uma ação que envolve analisar o presente como fonte de possibilidades futuras. A ideia de projeto faz parte da constituição do ser humano consciente de sua condição de incompletude de sujeito em constante busca de atingir seus objetivos e buscar respostas as suas questões.No processo de realização das ações, ocorrem imprevistos e mudanças se fazem necessárias, mostrando com isso que o projeto traz no seu bojo as ideias de previsão de futuro, abertura para mudanças, autonomia na tomada de decisão e flexibilidade.

 “O projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma ideia; é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma ideia a transformar em ato" ( MACHADO, 2000).
 
 

dezembro 05, 2013

Homenagem da Sângela, Ivone, Claudiane e Katia da TMA4 Noite: Paranifa Daniela e Professora Homenageada Sirlei

Os professores que vão ficar guardados em meu coração, Carlos Fontoura, Daniela Espindola, Juliana Hogetop, Joana Leal Leal, Profe Jane, Telvi, Sirlei Trespach. Adoro tds vcs Bjus.... (Palavras da Sângela)

 

novembro 29, 2013

Como postar vídeo no youtube

Diário de Bordo


 

 COMO SE FAZ UM DIÁRIO DE BORDO

O diário de bordo é um meio de os estudante registrarem as suas atividades, reflexões, comentários sobre o modo como o trabalho que desenvolveu-se em grupo ou individualmente se processou. É uma forma privilegiada de o seu autor descrever e refletir sobre os problemas que vão surgindo, os obstáculos que decorrem do desenvolvimento do trabalho e da forma de os superar. O registro escrito permite criar o hábito de pensar as práticas, de se pensar a própria aprendizagem.

O que se registra no diário de bordo?

Sendo o diário de bordo o relato de uma atividade, de uma sessão de trabalho, pode-se afirmar que é um instrumento de registro diário (daí a sua designação!). Deves anotar o local onde decorreu a atividade, a data, a hora do início e fim da tarefa, descrever o que fez individualmente ou em grupo. O registro tem de terminar com uma avaliação, uma reflexão sobre o modo como decorreu a tarefa, o seu efeito no processo de trabalho, as consequências futuras, etc.

Se, por exemplo, for fazer uma consulta à biblioteca registre: o local, dia, hora, o livro (ou outro material) que consultou, o resultado da pesquisa e a forma de registro. Termine a entrada no diário de bordo com o balanço da tarefa dando uma reflexão crítica.

Para se fazer um registro não é necessário que a atividade seja bem-sucedida: por exemplo, dirige a uma instituição para recolher material e não consegue: deve fazer este registro e escrever as suas conclusões sobre o sucedido. No diário de bordo pode também registrar as questões que quer colocar ao seu professor, reflexões sobre a forma como o seu grupo está trabalhando. Podem ser dadas indicações adicionais no contexto da sua turma, do projeto que está a desenvolver.

Não há um formulário específico para fazer o registro. Deve usar, contudo, um formulário simples que lhe ajudará a organizar o diário de bordo que irá fazer parte integrante do seu portfólio. (1)

Vantagens do diário de bordo

As vantagens do diário de bordo são várias, o que justifica a sua utilização por muitos professores de outras disciplinas. Vamos apenas referir algumas delas:

§ documentas o seu trabalho: o diário de bordo é um dos testemunhos das atividades que desenvolve;

§ organiza as suas reflexões pessoais sobre as iniciativas, sobre o seu trabalho;

§ ajuda-lhe a fazer a auto-avaliação ao longo do desenvolvimento do projeto;

§ promove hábitos de reflexão crítica e de escrita;

§ dá ao professor uma perspectiva do trabalho que desenvolve, da sua aprendizagem, torna-o um bom instrumento de avaliação.

Um bom registro

Pode-se perguntar: o que é um bom registro de um diário de bordo? É o registro que:

§ faz uma descrição rigorosa da atividade;

§ respeita as referências requeridas: dia, hora, local, recursos;

§ centra a descrição nos seus aspectos essenciais;

§ inclui uma reflexão crítica e comentários significativos.

É importante a apresentação e a forma como está redigido. O cumprimento de prazos e o número de entradas são fatores de valorização.

MONTEIRO, Manuela Matos. (2007). Área de Projecto - Guia do Aluno - 12º ano, Porto: Porto Editora