maio 08, 2008

CURSO DE MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - CICLO INTERMEDIÁRIO/cursista: Sirlei Trespach de Souza

ETAPA 2 - ATIVIDADE 4

O conceito de recursos didáticos.
A função dos recursos didáticos no processo ensino-aprendizagem.
As possibilidades e limitações da utilização dos recursos didáticos em sua prática pedagógica.

Qualquer instrumento que o professor utiliza para fins de ensino/aprendizagem é um material didático, há uma quantidade e uma diversidade indeterminadas de materiais didáticos a nossa disposição, quanto mais adequado estiver o material, em relação à situação de ensino/aprendizagem em que se insere melhor o seu rendimento didático.
Os mais tradicionais recursos didáticos são o quadro e o livro didático. Temos os jornais, as revistas, os globos terrestres que durante uma explicação você menciona um fato ocorrido num país e, imediatamente, os alunos visualizam onde se localiza. Um mapa do corpo humano em tamanho gigante que, pendurada na parede da sala, mostra de que órgãos o aparelho digestivo se compõem. Tabelas, fórmulas, e figuras geométricas que expostas podem ser compreendidas.
A TV (que segundo Moran, professor de Novas tecnologias da ECA-USP) ajuda um bom professor a atrair os alunos, mas não modifica a relação pedagógica. Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade, mas também introduz novas questões no processo educacional. O vídeo/DVD (segundo Moran) que explora o ver, o visualizar, o ter diante de nós situações, as pessoas, os cenários, as cores. A TV e vídeo encontram a fórmula de comunicar-se com a maioria das pessoas. As linguagens destes meios de comunicação respondem à sensibilidade dos jovens e da maioria da população adulta, a linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes perceptivas.
Mais recentemente vem o computador como mais um recurso didático colocado a disposição de professores e alunos, junto com o computador vem os softwares educacionais. O Ambiente de Aprendizagem Mediado por computador envolve vários elementos para o processo de ensinar e de aprender: o educador, os aprendizes, a colaboração, a cooperação e as ferramentas. Mas, para que mudemos a nossa prática, precisamos não só equipamentos tecnológicos, mas mudar nossa postura. O professor tem um grande leque de opções metodológicas, de organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema, de trabalhar com o aluno presencial e até virtualmente, utilizando as novas mídias.
Enfim, a aprendizagem ocorre por múltiplos caminhos e acontece a partir do uso de diferentes formas de expressão. È por esta razão que as metodologias tradicionais, presente na exposição do professor e centradas somente no desenvolvimento de contúdos, nada têm de significativas para o aluno, apresentam um conhecimento que para ele é estranho, está fora dele. A aprendizagem significativa, ao contrário, promove a compreensão de significados a partir do momento em que o aluno relaciona esses significados às suas experiências e vivências anteriores, relevantes e já existentes na sua estrutura cognitiva.
Nos dias atuais surge uma nova concepção sobre o papel que a escola representa na sociedade: deve ser um espaço inclusivo, que atenda as diversidades e que propicie uma educação de qualidade, apresentando respostas às necessidades de seus educandos. Para atingir estes objetivos, é necessário que a escola esteja preparada para atender as necessidades educacionais de seus alunos.
Todos nós sabemos que nenhum material didático pode, por melhor elaborado que seja, garantir, por si só, a qualidade e a efetividade, quer do ensino, quer da aprendizagem. Afinal, por mais que estejam desenvolvidas as tecnologias educacionais, não há ensino nem aprendizagem instantâneos e automáticos. Por outro lado, quanto mais especializado é um recurso material utilizado no processo de ensino/aprendizagem, mais ele tende a carregar, em seus conteúdos, em suas formas e em suas funções, as marcas da situação: as características dos sujeitos, o “nível” envolvido, os pressupostos teóricos, as crenças da época, os métodos adotados etc.
Mas se pensarmos na quantidade e na variedade de materiais didáticos especializados que o mercado é capaz de pôr à nossa disposição, somos obrigados a constatar a pobreza de nossas escolas públicas.
Quantas dispõem de globos terrestres, laboratórios equipados, pranchas de anatomia, material dourado etc.? Quantas têm bibliotecas bem aparelhadas? Em quantas é possível acessar sites de interesse pedagógico em sala de aula, usar apresentações de multimídia, ou mesmo passar um vídeo?
Apesar desse quadro, em muitos casos nos deparamos com programas e vídeos da TV Escola intactos nas escolas, livros didáticos não utilizados lotam o almoxarifado.

Sirlei Trespach de Souza

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